domingo, 7 de dezembro de 2008

Começando a colcha... Primeiros retalhos...

Já que falamos de Débora, começo com a forma como a conheci...
Foi em 2001. Primeiro dia de aula.
Estava assustada. Por 9 anos estudei no mesmo colégio com as mesmas pessoas (que mais tarde descobriria serem as mais medíocres), tendo minha mãe ao me lado, vendo os mesmos rostos familiares.
De repente, me vejo naquele pátio estranho, com pessoas estranhas, me sentindo estranha.
Sou péssima com aproximações, sempre acabo me aproximando da pessoa errada. Na dúvida, fiquei quieta, esperando que alguém tivesse a atitude que eu não tive.
Estava em uma fase péssima. Meio da adolescência. Nunca fui uma aborrecente, prometo! Amadureci muito cedo, por conta da vida (histórias para outro retalho). Mas algumas coisas são latentes: a timidez, a síndrome do "Patinho Feio", o medo, a insegurança... Isso tudo eu carregava da adolescência.
A Débora era (e ainda é) uma pessoa discreta, mas segura.
Puxou conversa e me convidou para fazer parte do seu grupo. Algumas amigas, mais antigas, não gostaram da invasão. Não deixaram a clara a insatisfação, mas também não esboçaram empatia.
Primeiro dia vencido... Ainda tinha o ano todo pela frente!
Aos poucos fomos nos aproximamos e descobrimos um assunto do qual gostamos de conversar: Meninos!
Claro, nessa fase esse é O assunto.
Obviamente, para a realidade em que vivíamos, não éramos muito experientes nesse campo. E volto a frisar, na realidade em que vivíamos.
Mas nossas conversas tinha algum conteúdo. Geralmente baseado em desejos, vontades, anseios... Ah, o Príncipe Encantado.
Naquela época, só eu tinha acesso a internet e contava para ela como eram as salas de bate-papo. Mal sabíamos que, mais tarde, o "World Wide Web" se transformaria no nosso mundinho. Mas esse também é um assunto para outros retalhos...

Déb´s




Tinha que ser a primeira. Não tem como falar de mim sem lembrar dela. Não consigo lembrar de nenhum bom momento que não tenha compartilhado com ela
Única!
Irmã escolhida, amiga de sempre, consoladora, cúmplice, bom e mau exemplo a ser seguido.
Foi minha professora e minha aluna.
Débora faz parte de mim, meu alter ego.