domingo, 1 de fevereiro de 2009

Clarice, me perdoe, mas Marta Medeiros é demais!

"Pode invadir ou chegar com delicadeza
Mas não tão devagar que me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar
Acordo pela manhã com ótimo humor
Mas ... permita que eu escove os dentes primeiro
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre minha nocauteante beleza
Tenho vida própriaMe faça sentir saudades
Conte algumas coisas que me façam rir
Viaje antes de me conhecer
Sofra antes de mim para reconhecer-me
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro
Me deixe sozinha
Só volte quando eu chamar
E não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Seja mais forte que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem...Gosto de camisa para fora da calça
Gosto de braços
Gosto de pernas
E muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos...
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida
Não goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste.
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.
Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês
Mas me faça uma louca boa
Uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...
Goste de música e de sexo
Goste de um esporte não muito banal
Não invente de querer muitos filhos
Me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ...
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora
Quero ver você nervoso,inquieto
Olhe para outras mulheres
Tenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.
Me conte seus segredos ...
Me faça massagem nas costas.
Não fume, beba, chore
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!
Se nada disso funcionar ...Experimente me amar!”

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

My Little Pet...

Queridos, esse é o meu cão. Ele tem olhos azuis. Foi o único da ninhada com essa anomalia genética.





Quem olha para essa carinha de anjo não imagina as dores de cabeça que ele já me fez e ainda me faz passar... Aliás, seu nome é Bruce. Eu sei, nada apropriado para um cachorro do tamanho dele. Porém, a julgar pela bagunça, o nome totalmente cabível, pode ter certeza!
Confesso que essa culpa me compete, pois lhe dei a pior educação possível: deixei ele pensar que mandava. Agora colho os frutos dessa criação atravessada.
Ainda estou para conhecer um cachorro mais temperamental. Aliás, essa semana estava vendo o trailer do filme Marley e Eu. Não pude deixar de notar certa semelhança. Parece brincadeira, mas é verdade!
Minha família apelidou o Bruce de cão-avestruz. Dá para imaginar o porquê, não é? Tudo o que esse abeçoado vê na frente, ele mastiga e engole...
Uma das vezes, o resultado dessa degustação perigosa foi uma cirurgia e 2 meses de recuperação.
Todavia, apesar de todas as desventuras, ele é a alegria da casa. Sempre receptivo, se torce todo para fazer graça. É uma raça extremamente inteligente, são excelentes caçadores, mas tem um temperamento bastante difícil.
São ótimos companheiros, muito dóceis.


Aliás, aproveito para atacar de santo casamenteiro. O Bruce é um cão donzelo. Se alguém conhecer uma fêmea dessa raça e o dono tiver interesse em cruzá-la, meu pet está a disposição.
Os braços e pernas da família e visitas agradecem, e muito! Sério mesmo, se tiverem algum contato, por favor, me escrevam.

A Penetrante Arte de Clarice

Clarice, sempre Clarice...
Clarice também faz parte de mim. Conheci a intensidade de seus textos ainda no colégio e me apaixonei pela verdade contida em cada linha. Difícil encontrar um autor que escreva com tanta paixão, que coloque tanto de si em cada frase. Não tem como ler um texto de Clarice sem logo saber que é de Clarice.
Adoro!

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

domingo, 11 de janeiro de 2009

Post Relâmpago...


Ganhei essa sandália da minha mãe sexta-feira...

Queria que foto fosse de antes dela ser usada, mas não resisti e estreei a maravilhosa ontem.

Como qualquer mortal, adoro ganhar presentes e fico louca para usá-los logo.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Ano Novo... Mesma Colcha... Parte II

Tive que colocar uma parte II para o post anterior porque não podia deixar de falar delas, minhas amigas.


Primeiro, volto a falar da Débora que voltou a ser minha maior parceira. Por razões que não merecem ser comentadas, nós nos afastamos por algum tempo, ficamos muito, muito distantes, mas neste ano de 2008 voltamos como se nunca tivessemos ficado um dia sequer longe. A mesma cumplicidade! E posso dizer que nossa amizade nunca foi tão verdadeira.


Em seguida, lhes apresento minha outra maior amiga: Elania.


Eu a conheci em 2005, quando fui trabalhar em uma clínica. Ela era minha colega de trabalho e sempre nos damos muito bem. Descobrimos uma paixão em comum: o inglês. Fomos fazer aula juntas e, com isso, nossa relação foi se estreitando. Sempre tivemos certa confiança uma da outra, mas a Elania é um pessoa muito discreta e receosa. Posso definir nossa confiança como nota 7. A gente confiava "pero no mucho", pelo menos não para tudo.


Em 2007, após fatos um tanto caóticos, convenci a Elanzinha a iniciar a faculdade comigo. Seria importante para ela ocupar a cabeça, distraír-se com algo e a faculdade ainda traria o benefício da formação superior que nenhuma das duas ainda tinha.


Começamos o curso e 6 meses depois saí da clínica, mas continuamos nosso relacionamento na faculdade. Incrível que no início de 2008 eu mudei muito e percebi que com isso as pessoas se aproximaram mais de mim.


Não foi diferente com a Elan. Ela se tornou minha cúmplice, em tudo! Amiga pra todas as horas... Na verdade, isso ela sempre foi, mas percebi que eu passei a ser a mesma coisa pra ela. Esse sentimento de retribuição é incomparável.

DÉ: Você não imagina como senti saudade do que estamos vivendo de novo. E só me dei conta de quanto era bom agora que voltou. Estamos proibidas de nos afastar de novo, pelo motivo que for.


ELAN: Alcançar a plenitude da nossa amizade vai marcar minha vida pra sempre.


AMO VOCÊS!!!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ano Novo... Mesma Colcha... Parte I


Eu particularmente não acredito que as coisas serão diferentes simplesmente porque após a meia-noite o sufixo anual se altera, mas aproveito essa época para fazer um balanço da minha vida.
Todo final de ano revejo tudo o que aconteceu comigo, as escolhas que fiz, as mudanças que promovi, os erros que cometi e acho completamente válido tentar melhorar no próximo ano.
Este foi um ano muito intenso para mim, em vários sentidos. Em quase todos, diria.
Porém, reavaliando as ocorrências deste período, notei que novas pessoas apareceram, mas o fato que realmente despertou meu interesse foram pessoas antigas que passaram a ter nova relevância.
Destaque indiscutível para meu namorado, que no início de 2008 era um dos meus amigos queridos e na trajetória desse ano tornou-se a pessoa mais importante da minha vida.
Descobrimos uma relação diferente de tudo o que ambos já haviam vivido.
Sempre conversamos muito, sobre tudo, e em uma dessas tagarelices falamos sobre a similaridade dos nossos pensamentos, atitudes e opiniões. Por isso digo e repito: esse negócio de que os opostos se atraem não está com nada!
Sinceramente acho que passar uma vida cedendo de um lado, cedendo do outro para satisfazer a vontade do páreo não pode trazer plenitude de felicidade. Claro que em qualquer relação haverá situações onde é necessário certo jogo de cintura e, sim, um pouco de abnegação, mas é muito mais gostoso quando os dois estão curtindo o momento, certo?
Não estamos sempre de acordo. Obviamente diferimos em opiniões e, às vezes, até divergimos, mas essas ocasiões servem como tijolos para o crescimento da nossa relação. Acho uma delícia discutir (entenda-se de forma saudável e construtiva) sobre um assunto sobre a qual temos pontos de vista diferentes. São excelentes oportunidades de conhecer novas visões sobre o mesmo tema e, sem culpa e muito menos vergonha, vez ou outra mudar de opinião.
Nestes 7 meses juntos passamos pela fase das “primeiras vezes” e foi maravilhoso! Essa fase é sempre espetacular, tudo tem sabor de novidade.
Olhando para trás vejo o quanto nosso relacionamento evoluiu, o quanto amadureceu e consigo pensar em possibilidades fabulosas.
Fica o registro desse retalho que sempre soma e muitas vezes multiplica as coisas maravilhosas da minha vida.
Mio bambino, ti amo!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Começando a colcha... Primeiros retalhos...

Já que falamos de Débora, começo com a forma como a conheci...
Foi em 2001. Primeiro dia de aula.
Estava assustada. Por 9 anos estudei no mesmo colégio com as mesmas pessoas (que mais tarde descobriria serem as mais medíocres), tendo minha mãe ao me lado, vendo os mesmos rostos familiares.
De repente, me vejo naquele pátio estranho, com pessoas estranhas, me sentindo estranha.
Sou péssima com aproximações, sempre acabo me aproximando da pessoa errada. Na dúvida, fiquei quieta, esperando que alguém tivesse a atitude que eu não tive.
Estava em uma fase péssima. Meio da adolescência. Nunca fui uma aborrecente, prometo! Amadureci muito cedo, por conta da vida (histórias para outro retalho). Mas algumas coisas são latentes: a timidez, a síndrome do "Patinho Feio", o medo, a insegurança... Isso tudo eu carregava da adolescência.
A Débora era (e ainda é) uma pessoa discreta, mas segura.
Puxou conversa e me convidou para fazer parte do seu grupo. Algumas amigas, mais antigas, não gostaram da invasão. Não deixaram a clara a insatisfação, mas também não esboçaram empatia.
Primeiro dia vencido... Ainda tinha o ano todo pela frente!
Aos poucos fomos nos aproximamos e descobrimos um assunto do qual gostamos de conversar: Meninos!
Claro, nessa fase esse é O assunto.
Obviamente, para a realidade em que vivíamos, não éramos muito experientes nesse campo. E volto a frisar, na realidade em que vivíamos.
Mas nossas conversas tinha algum conteúdo. Geralmente baseado em desejos, vontades, anseios... Ah, o Príncipe Encantado.
Naquela época, só eu tinha acesso a internet e contava para ela como eram as salas de bate-papo. Mal sabíamos que, mais tarde, o "World Wide Web" se transformaria no nosso mundinho. Mas esse também é um assunto para outros retalhos...